Desabafo

Posted by Ju Ogata | | Posted on 02:34

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Hoje perdi mais uma pessoa... Uma pessoa que foi essencial para meu aprendizado. Minha professora de literatura do colégio, que não era apenas uma professora, era uma mãe para todos os alunos que puderam ter a honra de assistir suas aulas. Com uma letra linda ela ocupava a lousa com seus resumos maravilhosos e simples sobre os autores, suas obras e as épocas literárias. Professora Denise era aquela pessoa que você não se cansava de assistir, tanto que sua aula de sábado - não obrigatória - que ensinava as técnicas de redação, eram sempre lotadas. E foi com ela que aprendi a escrever, foi com ela que aprendi a ter êxito em minhas redações.

Ela é uma pessoa inesquecível, que vivia nos contando suas aventuras mundo afora. Nos contava que foi criada por uma família japonesa. Nos contava que tinha pouquíssima visão (mas em dia de prova ela enxergava tão bem, que duvidávamos). Nos contava que tinha um problema do dedo mindinho e não conseguia dobrá-lo (mas quando ia pegar a apostila, dobrava-o perfeitamente; e quando ficávamos olhando e nos perguntando como, lá ia o dedinho dela se levantando). Tinha um "namorado" em cada sala, quando implicava com um aluno (geralmente o mais tímido da sala) perguntava: "e aí, vai continuar me enrolando ou vai me pedir em casamento?". São muitas as lembranças! E os aprendizados então, nem se fale. Era rica em conhecimento e em simpatia. Ela nos trazia vídeos para assistirmos no anfiteatro da escola, e quando trouxe o documentário sobre um dos meus escritores favoritos - Fernando Pessoa - logo veio me contando, e fez questão de se sentar ao meu lado e compartilhar a minha ansiedade em aprender! Uma vez ela me disse que só conseguíamos escrever bem quando estávamos chateados, em tempos difíceis. Demorei a entender isso. Mas depois de anos, percebo que nada se compara a um texto triste. Quanta saudade vai nos deixar...

 Mais uma pessoa vencida por uma doença ridícula (eu me sinto a vontade de assim chamar, tendo em vista que já estou familiarizada com a mesma).

E mais uma vez, perdi o jogo contra o tempo. Mais uma vez não consegui visitar alguém antes que fosse tarde demais. Mais uma vez...

O que me resta agora é pedir perdão. Me desculpe, grande Professora, por não ter ido visitá-la e ter dado o apoio que tanto necessitou nesse momento difícil.

Vai em paz, e saiba que deixou muitas saudades entre seus conhecidos.


# desabafo de uma aluna #


"Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso." - Fernando Pessoa

Arriscar-se

Posted by Ju Ogata | | Posted on 11:26

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Sempre na vida faça tudo o que tiver ao seu alcance. Esqueça a vergonha. Esqueça o orgulho. Esqueça o que os outros vão pensar. Lembre-se somente de uma coisa: melhor se arrepender do que fez, do que se arrepender do que poderia ter feito. 'O que fez' teve um final, uma conclusão. 'O que poderia ter feito' deixa margem para dúvidas, e se...? E essa dúvida te perturbará por muito tempo, acredite.

Dúvida. Incerteza. Indecisão.



Eu quero mais certeza, e menos esperança - de que um dia dê certo. Por favor, eu quero mais pontos finais e menos vírgulas!




"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar." - William Shakespeare


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PRÊMIO BLOG DE OURO

Posted by Ju Ogata | | Posted on 01:37

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Boa noite!


Primeiramente, gostaria de agradecer meu amigo Érico Pena ( http://cinemeirosnews.blogspot.com/ ) pela indicação do prêmio BLOG DE OURO. Fiquei felicíssima quando recebi a notícia, pois para quem escreve, o maior mérito e saber que está sendo bem feito. Minha maior realização, é saber que tem pessoas que se identificam com o que escrevo, com o que relato. Críticas?! Sempre existirão. Já recebi comentários maldosos aqui, me dizendo que escrevo muito mal, que deveria parar de escrever, e coisas do gênero. Porém, levo como críticas construtivas. Se todos que recebessem um 'não' desistisse logo de cara, imagina como tudo seria?! Não se desiste de sonhos, deles, a gente corre atrás!




Meus indicados são:








Espero que gostem, e para ler a indicação completa do Érico, só olhar neste link:

E aproveitando o post, gostaria de compartilhar minha felicidade. Recebi a nota 9,1 (composta por outras três notas) pelo site Blorkutando pelo meu texto anterior sobre "Despedida".



"Ser ou não ser, eis a questão"

Posted by Ju Ogata | Posted in , | Posted on 14:28

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Despedida: s.f. Saudação no momento em que pessoas se separam.

Qual dor é a pior: a de dar o adeus ou a de ouví-lo?

Como agir? O que falar? Como falar. Essas indagações têm sido minhas companheiras assíduas, infelizmente. Há um dia da minha decisão final, e eu ainda não dei as devidas respostas à elas. Será que é o correto a se fazer nesta situação? Como sabemos que o amor chegou ao fim? Eu tenho um grande problema, que na verdade é de nascença: 'preocupação além do necessário com as pessoas'. Eu preferiria ouvir um adeus, do que ter que dizê-lo. Despedidas nunca foram o meu forte, sou uma chorona confessa; e diga-se de passagem que isso não me ajuda em absolutamente nada. Aliás, isso só piora as coisas. Onde já se viu: eu querendo falar algo em um momento difícil desses, e repentinamente sou surpreendida por uma lágrima descendo pelo meu rosto, ou melhor, as lágrimas decidiram apostar corrida. E o pior não é isso, o grande vilão é o soluço. O mesmo que me deixa sem fala, sem ar, sem reação, é o que me deixa também sem nenhum lugar onde eu possa enfiar minha cara de tanta vergonha. Essa despedida demorou o dobro do que demoraria se eu não tivesse esse problema de vazamento facial.
E como disse Shakespeare: "Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar." Dizer adeus é difícil, porém necessário. Ouví-lo também não é fácil, mas Clarice Lispector me mostrou que é possível superá-lo: "Viva. Viva. É duro. É difícil. Mas, viva."

Adeus? Nós ouviremos e também falaremos aos montes ao longo de nossas vidas, no entando, a palavra-chave é: SUPERAÇÃO. Um adeus pode ser o fim de um relacionamento, mas não o fim do mundo. Por que você tem que ser feliz somente com essa pessoa, se você tem 6,8 bilhões de pessoas para conhecer, e quem sabe, te fazer até mais feliz do que já foi?

Ser ou não ser (FELIZ), eis a questão.


"Maria levantou-se naquele dia como se fosse qualquer outro. Tomou seu banho matinal, em seguida seu café e apressou-se para ir à escola. Saiu de casa, trancou a porta. Cuidado.

Pisa no gato. O gato era preto. Olha para trás. Esqueceu o amuleto.
Passou embaixo da escada. Ficou assustada. Foi pegar seu terço. Uma completa azarada.
Derrubou o espelho. E matou a charada. Olhou para o chão. No reflexo ali estava ela parada.

E no final do dia, lembrou-se que ao sair de casa, pisou primeiro com o pé esquerdo."


Como foi a sexta-feira 13 de vocês ?!

As quatro Marias

Posted by Ju Ogata | | Posted on 17:05

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Ela foi uma grande mulher, disso eu tenho certeza. Sempre lutando pelas pessoas amadas, e ás vezes esquecendo até de si própria. Uma mulher guerreira que perdeu seu marido, perdeu um dos seus sete filhos e teve outro tetraplégico. Mais uma Maria no mundo, e será agora para se juntar às três já existentes no céu? É como se uma parte do vestígio de minha existência estivesse se apagando. Perder o ente mais antigo da família, no caso a minha bisavó, é perder histórias de exemplos de vida. Saudades não faltarão do seu sempre carinhoso 'cheiro'.


Maria Madalena dos Santos - (29/05/1924 - 08/07/2010)
"Choque cardiogênico, arritmia cardíaca, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, miocardiopatia dilatada e hipertensão arterial sistêmica"

LIBERAÇÃO DA MACONHA, você é contra ou à favor?

Posted by Ju Ogata | Posted in | Posted on 23:39

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Bom, todos sabem que a tão conhecida 'maconha' são as flores e folhas secas da planta CANNABIS SATIVA, também conhecida como Cânhamo verdadeiro. Contém várias substâncias que têm efeitos cerebrais, a mais conhecida sendo o delta-9-tetrahidrocanabinol (D -9-THC,THC). Porém, poucos sabem de suas verdadeiras conseqüências, tais como dependência e tolerância, que é quando a pessoa precisa usar maior quantidade de droga para sentir os mesmos efeitos de antes. Com doses baixas há euforia (sensação de bem-estar) e risos, quando em grupo, ou há relaxamento e sonolência, se está sozinho. A memória fica prejudicada e a pessoa não consegue executar tarefas múltiplas. Há aceleração do tempo subjetivo, fazendo minutos parecerem horas, e confusão entre passado, presente e futuro. Os sentidos ficam aguçados, mas o indivíduo tem menor equilíbrio e força muscular. Os olhos ficam vermelhos, a boca seca, e aumenta a vontade de comer doces. O pulso fica acelerado, e a pressão pode diminuir quando a pessoa fica em pé, causando tontura. Com doses mais altas iniciam os delírios, alucinações e despersonalização (sente que não é mais ele mesmo), que podem atingir um nível de psicose tóxica. Nestes estágios de intoxicação a pessoa pode sentir-se muito mal, mostrar-se agitada e confusa, caracterizando a má viagem. E sem se referia aos problemas de comportamento já citados, é conhecido que:
- fumar maconha traz os mesmos problemas que fumar cigarro de tabaco: bronquite, asma, faringite, enfisema e câncer;
- há maior risco de sofrer acidentes de trânsito;
- diminui a imunidade, aumentando a chance de ocorrerem infecções;
- se for usada durante a gravidez, existe a possibilidade de prejudicar o feto.

Porém no século XX, a maconha era liberada, embora muita gente a visse com maus olhos. Aqui no Brasil, maconha era "coisa de negro", fumada nos terreiros de candomblé para facilitar a incorporação e nos confins do país por agricultores depois do trabalho. "A proibição das drogas serve aos governos porque é uma forma de controle social das minorias", diz o cientista político Thiago Rodrigues, pesquisador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos, segundo a Revista Superinteressante. Funciona assim: maconha é coisa de mexicano, mexicanos são uma classe incômoda. "Como não é possível proibir alguém de ser mexicano, proíbe-se algo que seja típico dessa etnia", diz Thiago. Assim, é possível manter sob controle todos os mexicanos - eles estarão sempre ameaçados de cadeia. Por isso a proibição da maconha fez tanto sucesso no mundo. O governo brasileiro achou ótimo mais esse instrumento para manter os negros sob controle. Os europeus também adoraram poder enquadrar seus imigrantes.

Darei 3 argumentos para a liberação da maconha, apesar de eu ser contra:
- uso para fins medicinais, já que reduz a pressão intraocular, aumento de apetite e efeito antiemético, tratamento da esclerose amiotrófica e trauma raquimedular, bem como qualquer enfermidade onde haja uma dor crônica. Além disso, o uso da maconha dilata os vasos sangüíneos e, para compensar, acelera os batimentos cardíacos.
- Dois psiquiatras brasileiros, Dartiu Xavier e Eliseu Labigalini, fizeram uma experiência em que incentivaram dependentes de crack a fumar maconha no processo de largar o vício. Resultado: 68% deles abandonaram o crack e, depois, pararam espontaneamente com a maconha, um índice altíssimo. Segundo eles, a maconha é um remédio feito sob medida para combater a dependência de crack e cocaína, porque estimula o apetite e combate a ansiedade, dois problemas sérios para cocainômanos.
- Diminuição do tráfico de drogas, já que a cocaína seria liberada. Ela poderia ser comprada em farmácias, e assim, o tráfico não se fortaleceria com sua venda.

Fonte: wikipedia.org, psicoativas.ufcspa.edu.br, www.brasilescola.com, revista Superinteressante

(Trabalho de Metodologia do Estudo em mar/10)